ADD_0564 no servidor.
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Toquei:
-Art of Noise feat. Tom Jones – Kiss
-Style Council – shout to the top
-Sasha – Lucky day
-Tim Maia – Sossego
-Wilson Sideral – Exagerado
-Beatles – Something
Programinha rápido, variado AND divertido. Espero que gostem.
Tudo de bom,
Billy.
Mudando de assunto.
Muita gente não conhece o que rolou “no antigamente” e que tá voltando hoje em dia nas paradas de sucesso, correto ?
Ontem, gravando o Podbility, o Neto disse uma coisa que achei extremamente pertinente e interessante (daqui a pouco no ar). Algo mais ou menos como “nessas horas eu gosto de ser velho, prá ver que as coisas se repetem e que vários problemas atuais já foram resolvidos lá atrás”.
Mas os problemas continuam a surgir, mesmo que sejam os mesmos, e as pessoas continuam a dar cabeçadas pois não sabem que estes já foram devidamente discutidos, analisados e resolvidos faz tempo.
O mesmo acontece com música.
“Puxa, adoro a Duffy e a Katy Perry“, dizem uns, achando que são os sons “pop de rádio” mais inovadores da atualidade.
Aà vc mostra Martha Reeves & the Vandellas, The Chordettes e muitas outras, prá mostrar que Duffy copia (ou melhor, pega referências, prá não ficar feio) desta galera que já gravava nos anos 50 e 60.
Depois vc mostra Joan Jett, e espera a pessoa falar. “Putz, isso é Katy Perry com atitude !”. Não é. Katy Perry que é Joan Jett sem sal… (Vejam bem, eu não pego no pé da coitada da Perry, mas acho exagerado o quanto exaltam ela. Amy Winehouse também, com um agravante. A vida pessoal dela é mais interessante do que ela faz nos palcos e dentro dos estúdios).
Óbvio.
É lógico que estas duas, e não especificamente as duas mas todo mundo que copia/reinventa música antiga, tem algo a dizer e inclusive inovam no estilo que se propuseram a copiar/referenciar.
Mas, resumindo, vamos ao #chavão óbvio.
Nada se cria, tudo se copia.
Vc lembra de alguma música que foi 100% criada ? Beethoven ? Mozart ? Charlie Parker ? Música pré-histórica ? Tipo “vou inventar algo que nunca foi feito antes” ? “Hoje eu tô impossÃvel e vou descobrir um encadeamento harmônico nunca antes utilizado” ? “Será que o acorde Ré menor funciona se eu tocar junto um Dó ou um Si” ? O Jazz fez bastante disso, mas já era viagem em cima de Ragtime e os sons de Big Bands.
Depois disso, acredito eu, tudo é junção de algo antigo com algo um pouco mais novo, alguma mudança técnica de gravação que melhorou o formato, algum instrumento inusitado no meio de algo manjado, e assim por diante.
Acredito que quem realmente inova é quem traz elementos inusitados e inesperados para algum formato já clássico, ou aceito e compreendido pela massa comprante.
Os Beatles ? Pode ser. A mudança que eles fizeram no pop, trazendo ritmos e instrumentos indianos rende produtos similares até hoje. Mesmo as técnicas de gravação que eles bolaram foram inovadoras para a época, e até hoje a gente usa mais ou menos o que foi tecnologicamente adquirido/criado por eles.
Reza a lenda que se não fossem os Beatles, não terÃamos gravadores multi-pista. Lógico que algum maluco inventaria mais tarde, mas da necessidade de se criar “mega-eventos” musicais deles, surgiu a necessidade de ter mais de 2 canais gravando ao mesmo tempo, ou pelo menos em sincronia uns com os outros.
Bom, existem aà muitos exemplos de cases de sucesso neste esquema, desde o reggae do Bob Marley até o Yo-Yo Ma, que reinventa música clássica, jazz e bossa-nova sem parar.
O que a gente precisa, aà eu volto ao primeiro parágrafo, é conhecer mais de onde as coisas surgem. Só assim a gente pode ter embasamento prá criticar, opinar e, às vezes, gostar.
Minha professora de História citava alguém que dizia:
“Precisamos conhecer o passado para entender o presente”
Concordo totalmente, e ainda junto isso com a frase do Neto.
Tudo de bom novamente,
Billy.
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