Vamos aqui pensar juntos e fazer um exercÃcio de futurologia sobre o que vai acontecer nos próximos anos com relação à Realidade Virtual.
Não, não é chute, não é “wild guess“. É futurologia, pensada, baseada em fatos e em o que já aconteceu no passado.
Comentários são sempre bem vindos. 🙂
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Onde a RV será consumida?
Acredito que num futuro bem próximo teremos “Casas de Realidade Virtual“, assim como tinhamos os fliperamas.
Pelo custo envolvido no primeiro momento, nem todo mundo terá a grana e a disponibilidade de gastar no minimo 100 dólares para comprar um óculos decente para começar a brincar.
Lógico que os Cardboards como o do Google e da Microsoft serão fundamentais para começar a difundir a tecnologia, mas a decisão de compra de um aparato melhor e mais caro vai depender de vários fatores, como consoles que a pessoa já tenha em casa, sistema operacional, etc, etc.
Essas “Casas de Realidade Virtual“, ou mesmo “RV Arcades“, terão vários óculos disponÃveis, e espaço para o cliente interagir sem ser incomodado. Alem de alguns jogos com simulação mais intensa ainda, usando carros, motos, como são os jogos atuais.
Pagaremos por tempo (será? Ou por jogo?) e teremos à disposição uma série de jogos “dentro” de cada um dos óculos.
E quais jogos farão mais sucesso?
Num primeiro momento as simulações imersivas como de montanha-russa, para-quedas, vôos, viagens submarinas e tal.
Além disso jogos ou simuladores que sejam bem desenvolvidos e ilustrados, onde muita coisa aconteça ao mesmo tempo e em diversos lugares dentro da tela.
Não só para o usuário/cliente achar que “valeu a pena” gastar aquela grana, mas também para quem está de fora e vê o outro pulando, virando, rindo, gritando, ter a vontade de também gastar sua grana naquele jogo/simulador.
Antigamente, nos fliperamas, o som tinha uma parte importante na captação de novos usuários para os jogos. Um game com uma trilha intensa na Attractor Screen (a tela inicial antes do jogador começar), ou com algum feature diferente dos outros, se sobressaÃa dentro do ambiente, e quem estava passando ou jogando nas máquinas ao lado se interessava em saber como era aquele jogo. Isso é fato, comprovado em pesquisas desde 1980.
Quem não lembra do Cavaleiro Negro e sua “chamada pro pau”?
Com os óculos de realidade virtual, a experiência será muito mais pessoal, e mesmo que existam telas e caixas de som externas para as pessoas acompanharem o que acontece durante os jogos, não será tão importante para a captação de usuários/clientes em ambientes assim.
Mas, já com os óculos em uso, o som é uma parte importantÃssima do jogo, não só para criar todos os climas, mas também para dar a real ambiência e destacar ações importantes durante a experiência.
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Como comprar/testar?
Um movimento que provavelmente já começará agora no final de 2015 será as lojas online de games terem cada vez mais jogos e simuladores de Realidade Virtual. E também os consoles como o Xbox, Playstation, terão uma área exclusiva para baixar material demo em RV.
Porquê?
Porque Realidade Virtual não se vende sozinha. Ao contrário de um game, que vc pode assistir a um video no YouTube e se convencer a comprar e baixar, o trâmite da RV é maior.
- Tem que ter o óculos.
- Tem que ter o jogo na plataforma que vc tem o óculos.
- Tem que ver se é legal. De repente uma versão freemium? Uma pequena demo jogável?
- AÃ tem que baixar pra poder jogar.
Então, sites como o Game Stop e afins serão valiosÃssimos para essa garimpagem.
E o movimento já começou. O CEO da Gamestop acredita que o mercado, até o final de 2016, terá 10 milhões de usuários, e as vendas de hardwares (óculos, consoles, etc), chegará em US$ 30 bilhões. E ele quer uma fatia desse bolo, óbvio.
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E em casa?Â
O mesmo espaço usado para interação com os consoles atuais poderá ser usado.
Mas provavelmente a frase “empurra o sofá pro canto da sala” será um pouco mais ouvida…
No caso do Oculus, do Playstation VR e do HTC Vive, que usam conexão com os consoles/computadores, o fio será obviamente um problema. Não só para jogar/usar, mas para não tropeçar e também no armazenamento.
O uso da Realidade Aumentada também pode ser uma boa para interação com 0 mobiliário em casa.
Quem tiver mais grana prá gastar e mais espaço sobrando, vai mandar logo um pack completo de RV. Tipo o Virtuix ou o VRcade.
https://www.youtube.com/watch?t=43&v=PHL4xAeMiRg
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O que mais vai rolar?
Nem só de jogos e simuladores viverá a Realidade Virtual.
Pintar, cozinhar, conversar, assistir vÃdeos, comprar. Tudo pela RV ou pela RA (realidade aumentada).
Imagine pintar o espaço ao seu redor. Em 3D.
Então…
https://www.youtube.com/watch?t=28&v=uFWw6hGIKmc
E cozinhar?
Tudo bem que ainda é tosco, mais pra game infantil do que outra coisa, mas pra quem é 100% novato na cozinha, ver como faz, tamanho de porções, tempo de preparo e tal, pode ser uma boa. Explicar a receita sem ter que escrever a receita.
Uma marca de alimentos qualquer pode muito bem desenvolver vários filmes desses usando seus produtos…
https://www.youtube.com/watch?t=13&v=uHEmAHFkKos
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E, prá fechar, uma curiosidade.Â
Se vc acha que óculos de Realidade Virtual é novidade, repense…
O jogo de arcade Battlezone, criado pela Atari em 1979, é o precursor dos óculos de Realidade Virtual atuais.
No jogo, todo feito em vetor 3D, você controlava um tanque de guerra para destruir outros tanques de guerra e fugir dos tiros destes.
Para jogar no “fliperamaâ€, a Atari criou um visor como dos tanques/submarinos, onde você encaixava seu rosto, criando um ambiente onde a visão periférica era bloqueada, assim toda a sua atenção ia para o visual 3D.
Tosco, mas na época era demais!
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O que vc acha disso tudo?
É muita viagem?
Tá muito longe ainda?
As pessoas não tão nem aà pra RV?
Ou vai ser um mega sucesso?
Comentários, mais uma vez, são sempre bem vindos.
Tudo de bom,
Billy.
Este post apareceu primeiro no Blog do Maestro Billy
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